quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Background de uma outra personagem...

ANTES DE MAIS NADA!!!
Não deixem de conferir: Camisetas da mesa do Fino!!! (E votem em Blanchefort la no link ;x sem esquecer de checar as outras cidades e)
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Krisynne Arn’ndalen. Apelidada pelas colegas de Kris “Velvetmouth”.
Desde o seu nascimento, Kris teve uma lua de má-sorte amaldiçoando sua existência. Filha de Mariska Arn’ndalen, uma escrava, Kris teve que batalhar muito durante sua infância e adolescência para se virar. Numa noite enevoada e sombria, Mariska conseguiu fugir da fábrica de sandálias onde trabalhava, para dar à luz a Kris em um beco mal iluminado em -insira cidade. Mariska havia ficado grávida várias vezes antes, mas nunca tinha conseguido dar à luz nenhum filho devido aos abusos que sofrera do seu senhor.
Para uma orc, considerada uma selvagem, Mariska era extremamente bonita e até podia-se dizer refinada. O tom levemente esverdeado de sua pele lhe conferia um charme extra aos olhos cinzentos e aos cabelos negros e lisos. Mariska pertencia a uma linhagem bem antiga de orcs e, como tal, pertencia a uma casta alta em sua tribo. Eram os orcs mais delicados e frágeis da tribo, porém os mais sábios e inteligentes.
Mariska foi removida de sua tribo e escravizada por Eladrins, mas depois de algum tempo foi vendida em uma feira. Seu sobrenome deriva de um costume de os escravos serem tatuados com o sobrenome do seu primeiro dono, caso eles fujam e sejam reencontrados. Eles mantém o sobrenome se forem revendidos, mas ninguém entende o porquê. O atual senhor de Mariska é um humano rude chamado Baltazar Quebraossos. Ele é um tanto quanto bruto em seu tratamento com as outras pessoas. Tanto, que se parece mais com os orcs do que eles mesmos. Seu cenho constantemente franzido denota o mau humor que seus olhos escuros transmitem a quem se atrever a olhar dentro deles e seus lábios carnudos nunca se abrem em um sorriso, exceto quando trata com seus filhos.
Baltazar tinha Mariska como sua escrava favorita. Depois que sua legítima esposa (e mãe de seus filhos) morreu, ele se aproximou mais ainda dela, tomando-a como amante. Isso não o impediu de transmitir sua brutalidade e mau humor a seu trato com Mariska. Sua beleza lhe encantava, mas sempre que alguém de fora da casa dele comentava sobre ela, ele ficava enraivecido. Talvez ciúmes, talvez vergonha por se envolver com uma escrava.
Para não ter que dividir seus bens com algum filho bastardo, sempre que Baltazar descobria que Mariska estava grávida ela era surrada até ele se dar por satisfeito e era questão de um ou dois dias e ela abortava. Se não abortasse, levava outra surra e assim ia sucessivamente até abortar. Kris foi um caso à parte. Resistiu o quanto pôde às agressões que a mãe sofrera, mas nasceu antes do seu tempo. Pequena e frágil.
Em -insira cidade-, naquele beco mal iluminado e bastante sujo, Kris nasceu e ali mesmo fora deixada pela mãe. Enrolada em alguns panos sujos, sem alimento ou conforto, ela ficou até o anoitecer. Com fome e frio, ela começou a chorar. Um casal de moradores da casa cujos fundos dava para o beco se incomodou com o barulho e foi verificar o que estava acontecendo, prontamente encontrando o pequeno bebê todo sujo e embrulhado em farrapos. Como não tinham filhos e não pretendiam ter nenhum, eles a acolheram por uma noite, mas logo de manhã cedo a levaram para o orfanato da cidade, para que recebesse cuidados e educação.
Kris cresceu em meio a outras crianças rejeitadas. Sua pele escura, cor de oliva, lhe fez passar maus bocados nas mãos das outras crianças. Mesmo todos sendo rejeitados, ela carregava o estigma de ser mestiça. Nem orc nem humana.
Quando Kris atingiu a adolescência, foi embora do orfanato, porque os 14 anos, já possuía formas voluptuosas e, tendo herdado os olhos cinzentos da mãe e os lábios carnudos do pai, era extremamente bonita. Ela havia sido isolada do convívio com qualquer ser do sexo masculino que lá vivia, o que foi a gota d’água que marcou sua decisão.
Depois disso, ela se criou na rua, furtando comida nas feiras, se prostituindo em tavernas de péssima reputação para conseguir dinheiro e tendo que aprender a se defender para continuar sobrevivendo pois, mesmo sendo bonita, era tratada como algo pior que uma escrava pelos homens que lhe compravam os serviços.
Uma noite, Kris apanhou muito de um cliente. Esta surra lhe rendeu um corte profundo nos lábios, do lado esquerdo e um punhal cravado no peito do cliente. Ela removeu a faca, limpou-a cuidadosamente e pegou todas as suas coisas, tudo que pudesse ligá-la à morte do cliente, e fugiu. Durante alguns anos, ela viajou a pé, até chegar ao reino de Oulime, mas nunca fixava residência em lugar algum. Passava muito pouco tempo nas cidades, só o suficiente para furtar algumas provisões para mais alguns dias de viagem e dinheiro suficiente para conseguir tomar um banho em alguma estalagem.
Quando estava nas habitações da Árvore Branca, Kris costumava passear pelo mercado com uma de suas colegas de profissão. Observando casualmente os passantes, sua colega percebeu que uma mulher que era levada com seu pulso preso a uma correia por um homem era extremamente parecida com Kris. Sobressaltada, Kris abandonou sua colega e os seguiu mercado adentro e posteriormente até a estalagem onde estavam hospedados. Ela descobriu que a mulher estava alojada no estábulo, sozinha com os cavalos e que o homem que a acompanhava estava bem longe, em um dos quartos no segundo andar.
Kris se esgueirou para dentro do estábulo e se apresentou. Após alguns segundos de confusão mental, a mulher abriu um sorriso enorme e a abraçou. Muitas lágrimas e histórias depois, Kris foi embora. Ela não se sentia magoada afinal, preferia viver livremente do que como escrava, sujeita à vontade de outra pessoa. Ela agradecia à mãe em seu íntimo por ter feito tudo da maneira que fez.
Para poder manter contato com sua mãe, Kris se fixou nesta mesma cidade, tendo conhecido nas tavernas e cabarés que frequentava algumas pessoas que lhe arranjaram contatos, e ela não precisava mais se prostituir para conseguir dinheiro. Kris se tornou uma exímia caçadora de recompensas e mercenária, viajando de vez em quando em missões mais complexas, mas geramente permanecendo próxima às habitações da Árvore Branca.
Kris é uma meio orc de estatura baixa. Ela é bastante menor que outros mestiços, o que lhe gerou alguns incômodos, e usa seus cabelos negros metade presos, metade soltos. Parte do cabelo se derrama por sobre os ombros de pele imaculada, parte está presa em um coque, com dois palitos metálicos à guisa de prendedores. Ela está sempre exageradamente maquiada, seus olhos cinzentos destacados por linhas negras rente aos cílios e a boca pintada de um tom de vermelho rubro como o sangue.
Kris se veste com tons majestosos de vermelho, branco e dourado. Suas roupas parecem caras e bem feitas, mas para o olho treinado, pode-se notar que suas jóias são de segunda linha e seus sapatos são baratos. Somente um excelente observador notaria que seus prendedores de cabelo são, na verdade, pequenas adagas disfarçadas. Ela também costuma manter outras adagas à sua disposição, escondidas em suas meias, roupas de baixo e nas mangas de seu vestido.
Sua voz é grave e suave, mas ela não tem muitos dons com as palavras. Geralmente mantém-se calada em situações em que sabe que seria inapropriado falar besteiras. Aprendeu a ler, escrever e fazer contas no orfanato, mas não muito além disso. Os anos vividos na rua e em cabarés de baixo calão tiveram muita influência na maneira como ela se porta e fala. Kris se move graciosamente, com movimentos ensaiados e precisos. Em uma briga, ela é ágil, letal e não se importa se o oponente está desfavorecido pelas condições de combate. Muito pelo contrário, ela costuma aproveitar todas as chances para ter uma chance maior de vitória.
Como Kris chama muita atenção pela sua aparência atípica e roupas vistosas, as pessoas costumam lembrar-se dela com uma certa facilidade, mas isto não a impede de ser extremamente discreta e de passar despercebida quando ela assim o deseja. Ela também costuma oferecer pouca abertura para completos estranhos, mas não resiste ao tilintar de moedas de ouro.
Uma frase que ela costuma dizer é “Não existe ninguém tão puro que o ouro ou o poder não possa comprá-lo.” E ela acredita que mesmo as melhores pessoas têm um lado ruim e que mesmo as piores pessoas têm algo de bom dentro delas, mas ninguém é totalmente corrupto ou totalmente bondoso.
Kris tem receio de entrar em barcos, não gosta muito de pontes estreitas e nem de lugares muito altos. Ela tem profunda aversão a aracnídeos em geral e sempre sonha com um episódio que ocorreu no orfanato em que as outras crianças colocaram uma aranha entre suas cobertas e ela se assustou quando foi se preparar para dormir.
Kris tenta não decepcionar os outros mas, principalmente, ela tenta não decepcionar a si mesma. Ela pretende juntar ouro suficiente para, um dia, comprar a mãe de Baltazar e a libertar. Sempre que vê escravos ela fica irritadiça e mal humorada, completamente indignada com a condição que seus semelhantes são submetidos e ao preconceito que os libertos e/ou mestiços sofrem aonde quer que vão.



Quero ver quem acerta a classe e quais atributos ela terá como principais ;] Lembrando que o sistema que será usado é o 4.0. Tá bem facinho!