quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Diário do Patife #2

Nota 534 (dia X+34, horas depois)

Estou parado em um esconderijo que aparenta ser Anão, esperando o Kas cozinhar e morrendo de cansaço. Essa provavelmente vai ser a maior nota que eu já escrevi na vida. O resto do dia foi bastante movimentado.

Primeiramente, pouco após a minha última nota nós encontramos uma sala estranha perdida no meio dos corredores subterrâneos que levavam à cidade. Após alguns minutos descobrimos que ela parecia ser algum tipo de templo misturado com sala de estudos para crianças, ou seres pequenos.

Tinha diversas portas com correntes de ar e um teto repleto de cristais mágicos. Se você abrisse determinado conjunto de portas, a sala se transformava em um Santuário para determinado Deus. Testamos diversas combinações e vimos os diversos santuários.

Então a história ficou mais interessante. Tomado por algum impulso estranho (ele sempre faz coisas estranhas), Kas coneguiu convocar o próprio Obad Hai e recebeu sua benção e uma avelã. Logo em seguida, Badin teve uma conversa com Moradin e, após ele, Hael também palestrou com seu deus. Foi surreal. A próxima foi Liahra, que após momentos de conversa com Corellon, conseguiu curar perna quebrada de badin e nos chamou a todos para um banho de poça.

Vendo a ajuda que esses Deuses puderam oferecer, resolvi chamar Boccob, o responsável pela magia. Minha intenção era simplesmente pedir alguma ajuda com nossos disfarces, mas conseguimos muito mais do que isso: Ele pegou a própria pena e escreveu no meu grimório. Repito: eu tenho magias que o próprio Boccob escreveu em meu grimório de próprio punho. Ele também concedeu um pouco de seu conhecimento aos outros conjuradores do grupo e de quebra nos deus um disfarce MUITO maneiro.

Recuperados, preparados e devidamente disfarçados, nos dirigimos à cidade Drow. Hael nos informou que devia resgatar o filho de um amigo e resolvemos passar por dentro da cidade para tentar descobrir algo. Após alguns minutos chegamos à uma construção que devia ser a prisão. Entramos, pegamos o garoto e saímos. Hael gostaria de ajudar todo mundo, mas não queríamos arriscar nosso disfarce.

Com o novo "prisioneiro" seguimos caminho, conforme as instruções do falecido drow. Tivemos que lutar para podermos usar as escadas e algum tempo depois nos deparamos com dois demônios. Devo admitir que são criaturas fascinantes, exceto pela parte onde sempre tentam nos matar. Dessa vez eles quase conseguiram, mas graças à força de Badin, minhas magias, à fé de Liahra e à mira de Chantal conseguimos sobrepujá-los. Os outros, apesar de serem os principais responsáveis pelas nossas vidas em outras batalhas, não conseguiram causar muitos danos aos bichos.

Cansados, machucados e um pouco mais ricos, seguimos em frente. Estávamos procurando um lugar seguro para descansar, pois um demônio tinha escapado e teve tempo de avisar os outros. Então Liahra e Kas encontraram uma passagem secreta que nos trouxe à este quarto do pânico.

A comida está pronta. Espero sobreviver para escrever a próxima nota.


Nota 535 (dia X+37)

Finalmente saímos dessa MALDITA CAVERNA. Esses últimos dias decididamente me fizeram apreciar as pequenas coisas da vida: o banheiro, por exemplo. Se eu puder evitar, não entrarei em uma caverna tã cedo. O ar cheira mal, os olhos parecem que vão saltar pra fora em busca de qualquer luz e os nervos... nem vou me prolongar nisso.

Certo, lembrete para a posterioridade: Passamos quase um dia inteiro no refúgio para nos recuperarmos. Saímos de lá e andamos durante horas. No final encontramos umas aranhas-drow e tivemos muito trabalho para derrotá-las (outro motivo para não entrar em cavernas). O resto do dia nós passamos em uma sala fedida, o que foi um grande alívio para as minhas pernas.

Hoje, finalmente, encontramos um lugar bastante peculiar. Parecia que estávamos ao ar livre, mas era apenas uma ilusão bem-feita. Depois de uma minuciosa procura, encontramos a saída e seguimos por um corredor iluminado. Passamos por várias portas e várias estátuas até que ouvimos passos atrás de nós. Kas fez plantas crescerem e tacamos fogo nelas e nós saímos correndo.

Encontramos uma porta secreta, com uns mecanismos estranhos. A Chantal, o Kas e o Hael foram atingidos por diversas setas e a Chantal não aguentou o veneno que a atingiu. A maldita cavernas já nos tirou 2 companheiros.

O importante é que estamos fora. Negócio agora é descer a montanha e achar um caminho de volta para Bantur.


Nota 536 (dia X+40)

3 malditos dias descendo a montanha. TRÊS. --insira aqui a palavra "três" em comum, halfling, anão e élfico-- E depois ainda fomos emboscados por Kobolds, dá pra acreditar?

Badin queria evitar a passagem por Eriden, por causa de toda aquela história de ser da família real e tals. Por isso estávamos dando a volta na cidade pelo pântano e foi aí que encontramos os malditos lagartinhos. Graças a Deus conseguimos colocar um pouco de senso naquela cabeça e voltamos para a cidade.

Chegamos, passamos em um joalheiro para trocar nossas moedas e fomos para a taberna. Cada vez que eu provo, o porco e cerveja tem gosto melhor. Badin diz que na verdade, os porcos dos anões são muito melhor temperados (e eles são decidadamente maiores, parecem uma vaca pequena), mas eu acho que isso é influência de todo aquele tempo comendo plantas ressecadas.

Durante o almoço, descobrimos que Eriden é governada por um Regente e que ele não está fazendo um bom trabalho. Melhorou a educação e os militares, mas aumentou demais os impostos e gerou uma onda de miséria e marginalismo na cidade. Meu pai torceria o nariz para esse caos (ele torceria o nariz para quase tudo, na verdade). Badin está preocupado com a sua cidade e acho que ele vai querer ficar mais tempo por aqui.

Daqui a pouco sairei com o Kas para fazer umas compras. Quero testar uma nova idéia que eu tive.


Nota 537 (dia X+40, horas mais tarde)

Estou deitado em uma rede (um pouco desconfortavel, mas melhor do que o chão) em uma vila druida anã. Certo, PERTO de uma vila druida anã. Kas saiu para passear com um Ente e os druidas me alocaram nessa cabaninha onde uma simpática senhora que me serviu tortas maravilhosas. Agora estou aqui descansando, fazendo a digestão (tenho que conseguir a Aninha de volta) e pensando.

Badin é o herdeiro do trono por direito. Seu irmão mais velho morreu e seu pai também. O povo está descontente com o Regente. Deve haver alguns rebeldes que querem o Rei no trono. Com sorte, Badin conseguirá se tornar o Rei de Eriden.

Eu sei que a busca pelos Irmãos é importante, mas talvez seja interessante colocar Badin no trono. Ele é o melhor Anão que eu já conheci. É um grande amigo e tem bastante responsabilidade. Além disso, é quase certo que Eriden se alie a Bantur para enfrentar o exército dos irmãos e isso pode fazer a diferença se houver uma guerra.

---


P.s: Escrito em Dracônico.

4 comentários:

Pati disse...

Foda :)

Hael disse...

KORD, Baco. meu Deus é KORD!

@iGs__ disse...

huheuhsuhsuh.. mto bom! mas quem foi acertado pelos dardos foi o kas, a chantal e o hael.. =]

PluckTheDuck disse...

1. Eu sei que é Kord, mas o Baco ainda não sabia quando escreveu a nota.

2. Eu realmente chutei quem foi acertado pelos dardos xD