terça-feira, 5 de outubro de 2010

Diário do Patife #1

Nota 525 (dia X):

Nunca provei uma cerveja tão gostosa quanto a de hoje. É engraçado como enfrentar peuenos demoninhos faz a gente enxergar a vida de outra maneira. Eles nem me tocaram, mas eu subitamente me peguei pensando que não estou pronto para morrer.

De qualquer jeito, tenho que tentar descobrir mais sobre eles, nunca tinha visto nada igual. Acho que consigo uns livros bons se falar com a Chantal, ela sempre parece saber onde achar as coisas.

Vou lá descobrir se o porco tem um gosto melhor também.


Nota 526 (dia X+1):

Como eu imaginei. Os livros sobre o Abismo são extremamente raros e as poucas informações que eu encontrei são evasivas e contradizentes. Muito pouco se salva. Pena que não consegui entrar na Biblioteca do Castelo...

Se a Chantal não tivesse ido com os outros para a Floresta eu pedeiria alguma ajuda pra ela, mas vou ter que tentar me virar com o que tenho aqui.

O Bob está me chamando, com o Inquieto fora o trabalho cai todo em cima de mim.

Nota 527 (dia X+3):

Certo, em Demônios e Diabos encontrei um beco sem saída. Essa maldita cidade não tem nada sobre eles. Pelo menos achei um livro legal sobre armaduras


Nota 528 (dia X+3, horas depois):

Tive que terminar a última abruptamente, explodiu uma briga no bar e o Bob não conseguiu segurar os caras sem quebrar mesas... De qualquer jeito, estava falando sobre o livro de armaduras. Aparentemente um antigo mestre anão, que estudava demônios, também era um entusiasta da arte de confecção de armaduras. Achei fascinante, vou mantê-lo comigo e dar uma lida mais tarde.


Nota 529 (dia X+15):

Dias corridos. O maldito Inquieto saiu e me deixou na mão. O Bob me faz trabalhar dobrado e eu mal tenho tempo para ler ou estudar. Não ajuda o fato que ontem a noite eu ateei fogo ao telhado sem querer.

Pelo menos o badin e a Liahra aparecem aqui de vez em quando e a gente dá umas boas risadas.

Nota 530 (dia X+29):

Chegou uma mensagem do Kas. Estou arrumando minhas coisas de viagem e vamos encontrá-los em Porto Norte. O Bob está uma fera, mas não posso deixar meus amigos na mão. Pode ser a segurança de Bantur em jogo.

Nota 531 (dia X+30):
Levamos sorte, quando chegamos no porto tinha um navio partindo e eles ficaram muito contentes com a perspectiva de um guerreiro treinado e uma agente divina no barco. Não gostaram da minha prensença, mas como eu estava junto com os dois, me deixaram entrar.

Mudaram de opinião no meio da viagem, quando Badin nos demonstrou porque Anões não são conhecidos por suas embarcações. Pelo menos consegui distrair a tripulação com histórias da corte...

Amanhã chegaremos em Porto Norte, espero que não tenhamos problemas.


Nota 532 (dia X+32):

Estamos no mato a 2 dias. Minhas costas doem e minhas pernas reclamam. Não sei como Irina e Kas parecem tão confortáveis. Quero minha casa de volta. A cerveja acabou, a comida é ruim e o tempo todo parece que existe algo espreitando nas sombras.

Releitura dos últimos dias: Chegamos na magnífica cidade de Porto Norte. Só de vê-la, me senti tentado a estudar Arquitetura. Prédios belíssimos. Muito diferente de Bantur.

Encontramos nossos amigos em uma taverna. Se não estivessem com tanta pressa eu teria ido atrás da bela moça que sorriu pra mim. Como sou um cara legal, desisti de uma noite maravilhosa para ir atrás de rastros de demônios. ONDE EU ESTAVA COM A CABEÇA?!

Nota 533 (dia X+34):

Como o destino é irônico. Encontrei a tal moça bonita. Descobrimos que ela é uma bruxa maléfica que comanda os demônios. Seu irmão, provavelmente com ciumes do meu charme, nos mandou para as profundezas da montanha (certo, não sei se foi ele, tenho que pensar melhor nisso).

Depois as coisas ficaram interessantes, caímos em uma câmara circular e tivemos que enfretam milhões de Druergar e Drows. O Inquieto morreu. MORREU! Não conseguimos fazer nada para ajudá-lo e Kas lhe deu um fim decente. Eu nem tive chance de falar nada. E dizer que passei o último mês amaldiçoando-o.

Depois da batalha, andando sem rumo, encontramos uma cidade Drow. A vista era impressionante, devo admitir, mas não era nosso destino planejado. Na tentativa de encontrar um melhor caminho, Badin teve a perna quebrada.

Paramos para acampar e acho que ninguém conseguiu descansar direito. No meio da noite, Irina encontrou um cara coberto de bosta. Hael, um paladino, fugitivo dos Drows. Seguimos seus companheiros e nos deparamos com uma patrulha dos Elfos Negros.

Após um combate rápido e não mais fácil que o anterior, conseguimos extrair informações de um dos inimigos e descobrimos para onde deveríamos ir: através da cidade para túneis do outro lado.

Será difícil, mesmo cobertos com fuligem, e não sei se conseguiremos. Se minha narrativa acabar por aqui é porque algo terrivelmente errado aconteceu.

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P.s.: Escrito em Dracônico.

4 comentários:

@iGs__ disse...

vá em paz, inquieto...

Miro, O Inquieto disse...

Gostei, gostei. Parabéns Pluck. ;]

Mohawk disse...

HAUEIOEHAIAEAE. Ri demais, genial Pluck.

Pati disse...

E o porco, tem gosto melhor? x3

Genial ;D
Já edito com a contagem certa dos dias (data certa e talz x3)