quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cenas de uma batalha...

E o clangor do aço retinia em seus ouvidos, sem ferir sua concentração.
Em meio à batalha, ela mantinha seu espírito tranquilo, preparando-se para desferir a flechada mortal.
Cada flecha que deslizava por entre seus dedos tinha um destino certeiro. Não errava uma. Guerreiro atrás de guerreiro. Homens, mulheres, jovens e mais velhos, todos os inimigos encontravam a morte certa.
A corda do seu arco estalando quando ela a soltava era o único som que ela ouvia. As espadas pareciam resvalar em escudos em câmera lenta. O sangue espirrava devagar, como se o tempo houvesse resolvido diminuir seu passo. Tudo isso facilitava o ato de sacar da flecha, mirar e atirar.
De um lado a outro do campo de batalha pessoas corriam. Algumas sem rumo, enlouquecidas pela confusão, outras dirigiam-se para a morte. Matar ou morrer, as únicas alternativas.
Uma explosão abalou a concentração da arqueira, que segurou a flecha entre seus dedos e girou a cabeça, procurando a origem do clarão e do som abafado.
Seguindo os olhares aterrorizados dos inimigos, ela viu sete figuras distintas que lhe chamaram a atenção. Aguçando seu olhar, ela viu seu próprio estandarte bordado no peito de um deles e notou que os outros vestiam as mesmas cores que elas. Reforços.
O pequeno número de combatentes a intrigava, mas algo dentro dela a impelia a acreditar que eles seriam mais que suficientes para conter o avanço do inimigo e, quem sabe, rechaçá-lo para longe de seu território.
Um elfo vestindo negro que atravessava o campo de batalha mudou sua trajetória, virando-se e encarando os recém chegados. Ela retesou seu arco e apontou sua próxima flecha para ele. Conforme ele ia se aproximando mais dos recém chegados, mais os nós dos dedos dela ficavam brancos com a força que ela fazia para segurar a flecha. Força, esta, desnecessária, pois ela não precisava apertá-la para que não voasse sozinha. Força, esta, que vinha da tensão que sentia no momento.
Quando estava a uns 7 ou 8 passos dos recém chegados, o elfo trajando negro começou a desembainhar sua espada.
Uma cimitarra com a lâmina baça, de um cinza sem vida, manchada de sangue. 6 passos. 5 passos. A lâmina pareceu pegar fogo repentinamente, brilhando com chamas escarlate.
4 passos. 3 passos. Um dos sete tomou a dianteira e, sacando sua enorme espada, adiantou-se e entrou em combate com o elfo trajado de negro.
Nenhum dos dois portava escudo. Lâmina afiada encontrava lâmina afiada. Por vezes a armadura do recém-chegado repelia um golpe mais sagaz do elfo, mas a lâmina nunca chegava a tocar a carne.
Um golpe certeiro do recém-chegado fez a cimitarra flamejante ser lançada para longe. A flecha ainda estava a postos, esperando uma oportunidade para encontrar um alvo.
O recém-chegado ergueu sua espada e, num golpe rápido e limpo, decepou a cabeça do elfo. Os outros seis recém-chegados ergueram suas armas e iniciaram um grito de guerra que ecoou por aquelas colinas.
As flechas da arqueira encontraram novo ânimo e novos alvos. Com medo dos novos guerreiros, o inimigo ia recuando. Os que ficavam para trás iam sendo abatidos, um a um. Os mais espertos fugiam.
A arqueira desceu de seu posto num galho de árvore grosso que ficava a uma altura confortável do chão com um salto preciso e veio ter com os guerreiros recém chegados, sorrindo.
"Vocês foram muito esperados. Sejam bem vindos ao campo sul de Bantur."

7 comentários:

Miro disse...

Espero o resto do conto. ;]

10/10. ;]

@iGs__ disse...

mto bom.. já posso fazer minhas habituais suposições? xD
quantos nos seremos na mesa, mesmo?

Larissa. disse...

Esperando o resto do conto com o Miro =D

PluckTheDuck disse...

Fazendo suposições com o Ig =D

Unknown disse...

Ah se é pra esperar estamos ai ops aqui!

@iGs__ disse...

rsrs... continuo com as suposições, mas, caso não sejam corretas, e a continuação seja este sabado, na sessão, to aguardando a continuação.. ;)

PluckTheDuck disse...

Eu estou aguardando de qualquer jeito. hehehehe.